sexta-feira, 26 de março de 2010

25 anos com os jovens de todo o mundo

Bento XVI reúne-se esta Quinta-feira com jovens de Roma e representantes das Igrejas de todo o mundo, para celebrar o 25.º aniversário das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), uma iniciativa de relacionamento com as novas gerações criada há 25 anos por João Paulo II.

São esperados cerca de 70 mil jovens especialmente vindos da cidade de Roma, mas também uma delegação representativa de jovens do mundo inteiro, reunidos em Rocca di Papa para o 10.º Fórum Internacional da Juventude, promovido pelo Vaticano.

Com passagens pelos quatro cantos do mundo, as JMJ são, segundo o actual Papa, uma “iniciativa profética que trouxe frutos abundantes”. Para muitos jovens, a Jornada representa uma experiência inesquecível. Conhecem cristãos de todo o mundo, celebram juntos uma grande festa e, deste modo, vivem a sua fé de uma maneira nova.

A 22 de Dezembro de 1985, João Paulo II anunciou a realização de uma Jornada Mundial da Juventude, todos os anos nas igrejas locais, no Domingo de Ramos, e com uma celebração internacional com intervalo de dois ou três anos.

Buenos Aires (Argentina, 1987) foi a primeira cidade anfitriã. Seguiram-se Santiago de Compostela (Espanha, 1989), Czestochowa (Polónia, 1991), Denver (EUA, 1993), Manila (Filipinas, 1995), Paris (França, 1997), Roma (Ano Jubilar, 2000) e Toronto (Canadá, 2002).

Já no pontificado de Bento XVI decorreram as JMJ de Colónia (Alemanha, 2005) e Sidney (Austrália, 2008) com as próximas agendadas para Madrid, em 2011.

A JMJ nasceu e desenvolveu-se como uma celebração da fé, um grande acontecimento, em que a festa e fé se unem inseparavelmente e para o qual o Papa convida os jovens de todos o mundo, que se juntam com um objectivo comum: conhecerem-se, partilhar experiências e celebrar uma grande festa – primeiro com João Paulo II, agora com Bento XVI.

Na sua mensagem para 2010, o Papa alemão destaca que as JMJ permitiram às novas gerações “encontrar-se, colocar-se à escuta da Palavra de Deus, descobrir a beleza da Igreja e viver experiências fortes de fé, que levaram muitos à decisão de se doarem totalmente a Cristo”.

No Dossier que apresenta sobre esta temática, para além da mensagem de Bento XVI, a Agência ECCLESIA apresenta um “balanço” do Director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, Pe. Pablo Lima, sobre este quarto de século.

O responsável considera que “não será exagerado dizer que a pastoral juvenil em geral, como sector da teologia e da pastoral especializada, se não nasceu nessa data (22.12.1985), sem dúvida encontrou aí uma grande alavanca de desenvolvimento. Na verdade, qualquer agente pastoral poderá constatar, com dor ou júbilo de acordo com as implicações antecedentes e consequentes das mesmas, que as Jornadas Mundiais da Juventude provocam um movimento de desinstalação, ousadia e entusiasmo a que as Igrejas locais dificilmente conseguem alhear-se”.

Quanto aos desafios que se colocam à Pastoral Juvenil de hoje e, particularmente, em Portugal, o Pe. Pablo Lima considera os podemos englobar em três: “vastidão de recursos humanos e pastorais, nova linguagem e verdadeira paixão”.

Fonte: Agência Ecclesia

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